Sons plangentes

A motivação para este novo registo, tem como base, alterar alguns dogmas e tabus, até preconceitos talvez, de que, no caso do instrumento em questão – a Guitarra Portuguesa – este muitas vezes apenas se vê agarrado à tradição de ser um instrumento de acompanhamento de uma voz e, por sua vez, ser ele próprio acompanhado por um outro, a dita “viola”.

É longínqua a vontade do ser humano de gerar emoções através da música seja ela qual for, tanto, o género musical, como o sentimento motivado por ela. Música essa, seja ela, mais erudita ou mais rudimentar.

Posto isto e, vendo, a Guitarra Portuguesa como um instrumento com prós e contras, limitações e capacidades, como qualquer outro, tentei compor temas que, de alguma forma, pudessem servir para enriquecimento do repertório deste instrumento, como solista, abdicando neste caso da muleta habitual da “viola” de acompanhamento.

Assim, desde modo, sem alterar afinações, que também não é habitual na guitarra e que se encontra padronizado, concebi onze temas para regozijo terreno.